Chegou aos cinemas Homem Aranha: Longe de Casa, novamente estrelado por Tom Holland, dirigido por Jon Watts e com Jake Gyllenhaal no papel de Mysterio. Esse filme vem para encerrar a fase 3 do MCU mostrando um pouco mais das consequências do estalo de Thanos e dos acontecimentos de Vingadores: Ultimato.
[Contém spoilers de Vingadores: Ultimato]
O filme começa logo após o fim de Ultimato com os amigos de Peter se reajustando ao mundo após terem perdido cinco anos de suas vidas, enquanto ele, além dessa questão, ainda sente o luto pela morte de Tony Stark e a pressão de ter que carregar seu legado enquanto o mundo espera pelo “próximo Homem de Ferro”.
[Fim dos spoilers]
Toda a construção da trama é muito bem-feita, ao mesmo tempo que é leve e descontraída, afinal é um filme do amigão da vizinhança, consegue passar a tensão necessária que parece que não há muito o que ser feito para resolver a situação. Tensão essa que atinge seu ápice ao chegar no plot twist e descobrirmos o que está realmente acontecendo por trás de tudo.
A sequência que segue a partir daí parece tirada direto das páginas dos quadrinhos e nos remete àquelas animações do Homem Aranha dos anos 90, com o Aranha lutando contra as ilusões sem saber o que é real ou não. O filme pega tudo construído por Sam Raimi e eleva a outro nível, explorando mais o herói e o que ele pode fazer com suas habilidades, algo que começou lá em 2012 com Andrew Garfield, mas que ganha mais profundidade nessa saga do aracnídeo no MCU.
Tudo isso também é favorecido pela atuação de Tom Holland, que consegue reproduzir com fidelidade o herói que faz piadas para esconder seu medo, e consegue nos fazer sentir sua aflição por sentir falta de seu mentor e medo de decepcioná-lo.
Dois pontos que poderiam ter sido melhor explorados, mas que não tiram pontos do filme, são: apesar do constante perigo em que os amigos de Peter se encontram, em nenhum momento se sente um risco real do que possa acontecer com eles, o que poderia ter sido feita de uma forma que ficássemos mais apreensivos. Nós conseguimos nos preocupar mais com o Homem Aranha, que tem superpoderes, do que com seus colegas. O segundo ponto foi a motivação do vilão que, mesmo com certa originalidade, até bem interessante, parte de uma premissa já batida em outros filmes do universo e até com outros heróis do mundo das HQs.
Há duas cenas pós créditos e, diferente dos últimos filmes do MCU, as duas cenas são relevantes, a primeira mais do que a segunda, pois dá indícios do que pode vir em um terceiro filme, além de uma grande surpresa que aparece. A segunda cena nos dá uma nova perspectiva da história e começa a preparar o terreno para a próxima fase da Marvel.
Homem Aranha: Longe de Casa superou as expectativas e vale muito a pena ser visto, quem sabe até mais de uma vez.
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