Death Note é um mangá lançado entre 2003 e 2006, que fez um grande sucesso mundial. A trama relata o embate entre o assassino Kira, que mata pessoas apenas escrevendo o nome delas em um caderno, e o detetive L, que movimenta todos os recursos possíveis para capturá-lo. Seguindo esse sucesso, o mangá foi adaptado para anime e ganhou também três filmes em live action. Hoje darei minha opinião sobre os dois primeiros deles.
(possíveis spoilers abaixo)
Esses dois primeiros filmes são adaptações diretas do mangá e contam todo arco de Kira até que ele seja capturado. Um grande acerto aqui é tentar ser o mais fiel possível ao material original, mas o filme ainda consegue ser melhor ao dar mais profundidade ao Light Yagami, que tem uma motivação maior para querer eliminar criminosos — não faz isso apenas porque está entediado, como no mangá. Além disso, os filmes conseguem trabalhar bem alguns momentos-chave, como o arco de Naomi Misora, que aqui tem uma personalidade mais decidida e proativa, diferente da personagem do mangá, que, para uma grande ex-detetive do FBI, é bastante ingênua.
Algumas cenas, porém, poderiam ter sido alteradas ou retiradas, como aquela em que L conhece os policiais pela primeira vez e simula tiro com as mãos em forma de arma. Isso não funcionou bem no live action e até causou certa vergonha alheia. Talvez por não estar tão acostumado com o estilo de atuar do Japão, achei que algumas cenas foram mal-executadas, com os atores expressando espanto ou frustração com cara de “nada” ou até exagerando em suas reações. As duas atuações que destaco aqui que foram muito boas são a dos dois protagonistas, Light e L. Eles conseguem ser muito fieis, senão melhores que no original.
Mesmo adaptando bem o material original, o roteiro passa a impressão de não ter sido bem planejado. Com cerca de 4h divididas em dois filmes, para contar a história de Death Note, os eventos são muito corridos e não passam tanto o suspense que eles pedem. Muita coisa passa atropelada, como o arco em que Light se livra do caderno para que outra pessoa o pegue. Essa sequência durou muito, uns 15 minutos, mas o assunto logo foi resolvido e emendado com a sequência do confronto final entre Kira e L.
Vale destacar também os efeitos especiais. Eles não são incríveis, mas, para a época, dão conta do recado e não tiram nossa imersão no filme. Acredito que as atuações, por não serem tão expressivas, são o que mais consegue afetar a experiência.
Para quem é fã de Death Note, vale a pena dar uma conferida nessas adaptações. Apesar das ressalvas que fiz, dá para perceber que há uma preocupação em manter a essência do original. É diferente da versão da Netflix, que, basicamente, pegou só o nome “Death Note” e criou uma história própria nada a ver, desmerecendo todo o material original. Os três filmes estão no catálogo da plataforma de streaming.
Em breve trarei minha opinião sobre o terceiro filme. Fique ligado aqui no Puxadinho!
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